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Fábrica de torres para aerogeradores é inaugurada

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Alstom investiu R$ 30 milhões na nova unidade na região metropolitana - Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini

A cadeia de energia eólica do Rio Grande do Sul ganha nesta quarta-feira (07) um importante reforço com a inauguração da fábrica da Alstom, que irá produzir torres metálicas para aerogeradores. Por estar enquadrada em um dos setores estratégicos preferenciais da Política Industrial, a empresa passou pela Sala do Investidor e recebeu apoio do Governo do Estado para instalação.

Através do protocolo de intenções, assinado em 1º de outubro de 2012, a empresa francesa recebeu benefícios que abrangem a desoneração de 100% nas compras locais e importação de bens de capital, quando feita pelo Rio Grande do Sul, e a desoneração parcial (cerca de 1/3, dependendo do valor agregado) nas compras de insumos gaúchos para produção. Os benefícios na importação são concedidos somente quando o produto não tem similar local. Além disso, nas vendas a outros estados, há isenção de impostos.

"Hoje inauguramos nossa 11ª unidade no país e a segunda no segmento eólico, fonte que mais cresce no Brasil. A importância do Rio Grande do Sul neste mercado não se deve só ao potencial eólico, mas às condições que oferece para a instalação de indústrias", disse o presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa. E ressaltou que a atenção recebida do Governo do Estado foi excepcional, "nos recebeu e continua nos recebendo de coração aberto".

O governador Tarso Genro também ressaltou a parceria. "Temos um enorme orgulho da confiança demonstrada pela Alstom nesse Estado. Desde que chegamos ao governo, criamos uma nova estrutura acolhedora que torna o Rio Grande do Sul extremamente competitivo", declarou, referindo-se a instrumentos como o Novo Fundopem e a Sala do Investidor.

A Sala do Investidor foi citada pelo diretor geral para a América Latina da Alstom, Pierre Chenevier, como um dos fatores de decisão para a instalação da nova fábrica no Rio Grande do Sul. "Tenho uma lembrança muito boa da recepção da Sala do Investidor, uma maneira simples e poderosa de resolver em um dia o que levaria de quatro a cinco meses", destacou o executivo.

Potencial do RS

O crescimento mundial de energia eólica e o potencial eólico brasileiro (143GW para ventos acima de 7m/s e altura de 50m) têm apontado para um cenário de grandes perspectivas para o setor. Nas mesmas condições, o potencial eólico do RS, em terra firme, é de 15,8 GW (o que corresponde a 105 parques eólicos do porte do que já foi instalado em Osório).

O Rio Grande do Sul conta atualmente com 15 parques eólicos correspondentes a 460MW instalados, ocupando o segundo lugar no ranking brasileiro desta matriz energética. O titular da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, destaca que o Estado reúne todas as condições para atrair novos parques e fabricantes de máquinas e equipamentos da cadeia produtiva, bem como prestadores de serviços especializados. "Até 2017, o Rio Grande do Sul deve assumir a liderança nacional. Serão 55 parques, com capacidade para gerar 1.419,8 MW, já contratados", afirma.

O Rio Grande do Sul inscreveu mais que o dobro da capacidade contratada no leilão de reserva que será realizado no próximo dia 23. São 153 projetos previstos para o Estado, que somam 3.437 MW. Para estimular ainda mais o segmento, o Governador Tarso Genro sancionou em junho de 2012 a Lei que cria o Programa Gaúcho de Estruturação, Investimento e Pesquisa em Energia Eólica - RS Eólica, elaborado e coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI).

Sobre a Alstom

A Alstom investiu R$ 30 milhões e terá produção anual de 120 torres. Vai gerar 90 empregos diretos, com 80% de mão de obra local e treinamento na Espanha, e cerca de 250 empregos indiretos. A produção para este ano é de 20 torres e atenderá ao primeiro projeto eólico da Odebrecht Energia, Corredor Senandes, no Cassino, com potência instalada de 108MW. Para 2014, a previsão é produzir 75 torres por ano. A nova unidade está instalada ao lado da planta do setor Grid da Alstom, já presente na cidade de Canoas há mais de 50 anos como parte dos negócios da área de transmissão de energia da empresa no Brasil.

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